Crise brasileira pode acabar em calote

setembro 03, 2017.

Muito mais do que o mercado, cada brasileiro treme quando se fala em calote e em apropriação das economias que cada um - sem outra opção - guarda nos nossos Bancos. Não é para menos, pois a lembrança do confisco promovido por Fernando Collor e Zélia Cardoso de Mello ainda está muito viva na memória e nos bolsos de cada um.

O alerta do economista Luiz Cesar Fernandes, reproduzido abaixo a partir de matérias publicadas em sites ligados à área econômica (no caso a fonte é NBO - Noticias Brasil Online - https://www.noticiasbrasilonline.com.br/aperte-o-bolso-o-calote-vem-ai-diz-criador-dos-bancos-pactual-e-garantia/)  assusta o país e aumenta a onda de pessimismo já generalizada.

Fundador do Banco Pactual: “O calote vem aí. O sistema entrará em falência.

APERTE O BOLSO: O CALOTE VEM AÍ, Diz Criador Dos Bancos Pactual E Garantia

  • NBO
  • 25/08/2017

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Criador dos bancos Pactual e Garantia, o empresário investidor Luiz Cezar Fernandes, sócio da corretora Grt Partners, alarmou o mercado financeiro com um texto publicado em seu perfil da rede social Linkedin nesta quarta-feira (dia 23), com visões apocalípticas sobre o crescimento da dívida pública interna, que segundo ele, atingirá 100% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil já na início do próximo governo, em 2019. Diz ele que a situação ficará insustentável, gerando completa ingovernabilidade, e o próximo governo se sentirá seduzido, inevitavelmente, por dar um calote na dívida pública.

O artigo de Luiz Cezar Fernandes está sendo replicado em sites e blogs, numa velocidade impressionante, sem que o governo tenha respondido até agora.

### APERTE O BOLSO: O CALOTE VEM AÍ Luiz Cezar Fernandes

O próximo governo se sentirá seduzido, inevitavelmente, por um calote na dívida pública. O crescimento da dívida pública interna atingirá 100% do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil, já na posse do próximo governo. A situação será insustentável, gerando uma completa ingovernabilidade.

Os bancos, hoje cartelizados em 5 grandes organizações, têm diminuído assustadoramente os empréstimos ao setor privado e vêm aumentando, em proporção inversa, a aplicação em títulos da dívida pública.

Os países que recentemente entraram em default, como a Grécia, não causaram grandes impactos internos, pois sua dívida era sobretudo externa e em grande parte pulverizada, inclusive em bancos centrais, fundos mútuos e de pensão.

O caso do Brasil é essencialmente diverso. Um default nossa dívida interna implicará na falência do sistema, atingindo de grandes bancos a pessoas físicas, passando por family offices e afins.

Para evitarem uma corrida bancária, as grandes instituições bancárias terão, obrigatoriamente, que impedir seus clientes de efetuarem os saques de suas poupanças à vista ou a prazo.

Caso contrário, teremos uma situação ainda mais grave que a vivida pela Venezuela. Reformas já ou só restará o calote.

### O ALARME TEM PROCEDÊNCIA Deu no site Sputnik

Ouvido pelo site Sputnik, o economista Istvan Kasznar, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que, embora a previsão de Fernandes tenha um tom alarmista, reforça o alerta que vem sendo dado por economistas há algum tempo: a necessidade de o governo fazer uma política fiscal séria e parar de sacrificar a população com mais impostos.

“Esses são déficits públicos gigantescos que se tornam maiores depois de declarações oficiais. São heranças do governo Dilma Rousseff, no mínimo. Eram R$ 175 bilhões de déficit em 2015, R$ 190 bilhões em 2016, este ano falava-se em R$ 136, depois pulou para R$ 139, aumentou para R$ 159, daqui a pouco foi R$ 169. Ninguém sabe onde é o teto e onde vai parar isso. O que está sendo dito pelo Ministério da Fazenda, às claras e em bom português, é que existe um desgoverno, sem capacidade de controle, sem capacidade de gerar fixidez de reducionismo no déficit público e incapaz de mostrar outra coisa que não seja um déficit primário, que continua um desastre. Isso é consequência de uma política assistencialista, onde se pensa que dinheiro nasce em árvore”, diz o economista.

RENTISMO – “De 45% a 47% do valor arrecadado pela União é pago em juros e amortização da dívida interna pública, o que é absurdo. É ótimo para banqueiro e para quem vive de renda e um desastre para a nação, que precisa de investimentos, empregos e riqueza. O Luiz Cesar é mais um na multidão de pessoas que faz um alerta: a possibilidade de um calote que se gera em função de uma má prática contínua no processo de gestão das contas públicas e do Estado no Brasil”, acrescenta Istvan Kasznar.

“Não é tão terrível quanto nos Estados Unidos (102%), Dinamarca (117%) e Itália (108%), mas há uma diferença: nos EUA, eles emitem dólar em divisa e o mundo aceita. No Brasil, a gente emite em real — e nem dá para emitir porque a Casa da Moeda também quebrou e vai ser privatizada — e isso implica que não temos esse grau de liberdade para emitir dinheiro e dizer que nossa moeda é divisa. O Brasil está acostumado há décadas a viver num regime de classe média com lamúrias e uma elite acompanhando com muito prazer taxas de juros estratosféricas que lhes asseguram mais retorno através de aplicações financeiras do Tesouro Direto, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e uma população miserável que se contenta com as migalhas de um assistencialismo mal engendrado que acaba quebrando o Estado.”

Calote!...

Aplicações serão confiscadas”

fernandes2408

25/08/2017

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O caos fiscal e econômico gerado no país desde o governo Dilma Rousseff e continuado pelo presidente Michel Temer poderá acabar de modo trágico, alerta o financista Luiz Cesar Fernandes

Segundo Fernandes, que é criador dos bancos Garantia e Pactual, em um curto período de tempo, a dívida interna pública atingirá 100% do PIB […] trocando em miúdos, toda a riqueza produzida no país será ‘sugada’ pelo governo federal para pagar contas que foram feitas de maneira irresponsável.

_“A situação será insustentável e o país entrará em uma total ingovernabilidade […] o sistema entrará em falência e atingirá não só os grandes bancos como também (por conseqüência) as pessoas físicas.” _declarou Fernandes.

Ele explica que as grandes instituições bancárias não terão outra saída senão impedir seus clientes saquem suas poupanças, seja à vista ou a prazo.

_” O caos levará ao calote da dívida interna brasileira com o conseqüente confisco de aplicações financeiras.” _explicou.

Não se trata de teoria da conspiração ou de pessimismo:

“Temer e sua equipe econômica aprofundaram a depressão econômica e o rombo fiscal poderá ultrapassar a casa dos R$ 800 bilhões.” escreveu o banqueiro.

Tags: [Brasil, calote, crise, depósitos bancários, Economia, PIB]