Irã e México marcham contra Trump

fevereiro 13, 2017.

Donald Trump dedicou seu primeiro mês como presidente dos EUA a criar múltiplos problemas mundo afora, mas especialmente revoltou a iranianos e mexicanos.

No Oriente Médio o risco de ações militares tornou-se crescente. Frente aos testes de Teerã com mísseis balísticos, Trump dizendo que seu colega o presidente Hassan Rouhani - para quem "qualquer país que ameace o Irã se arrependerá" - está brincando com fogo, aconselhando-o a que "tenha mais cuidado". Na última 6a. feira quando centenas de milhares marcharam em todo o país comemorando o 38º aniversário da revolução islâmica e denunciando o novo governo norte-americano, os aiatolás alertaram que dias negros se aproximam.

A retórica e os atos de Trump são preocupantes. Ele criticou o Acordo Nuclear firmado com o Irã pelos 5 membros do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Rússia, Reino Unido) mais a Alemanha e nomeou James Norman Mattis, o Cachorro-Louco, um anti-iraniano radical, como Secretário de Defesa.

Enquanto isso, o movimento Vibra México levou milhares de mexicanos às ruas da capital e de pelo menos sete estados neste domingo 12 de fevereiro a fim de protestar contra os projetos de Trump de construir o muro entre os dois países e deportar cidadãos mexicanos não documentados. O presidente Henrique Peña Nieto abortou a viagem previamente negociada a Washington ao saber que Trump insistia em que ele deveria pagar os custos do seu muro.

Andrés Manuel López Obrador, o AMLO, do Movimento de Renovação Nacional, o MORENA, populista de esquerda e eterno candidato a presidente (desde 2005, perdeu a eleição de 2012 para Peña Nieto por estreita margem e se prepara para concorrer novamente no pleito de 2018), lançou uma curiosa proposta: montar uma Zona Franca em terras mexicanas junto à fronteira com os EUA, de 3 mil km de extensão e 20 km de largura, beneficiada por baixos impostos e gasolina mais barata "para incentivar o desenvolvimento".

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