Pouco antes das 9 horas da manhã (2 horas da madrugada em Brasília) em Peshavar seis militantes de um comando suicida taleban, vestidos como soldados, entraram pelo portão dos fundos da Escola Militar do Exército, lotada com seus mais de 500 alunos e professores, e abriu fogo de maneira indiscriminada matando pelo menos 130 pessoas, das quais 84 crianças, além de centenas de feridos, naquele que já é considerado como o mais brutal ataque do grupo radical islâmico, mesmo em se tratando do Paquistão. Um porta-voz do grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que assumiu a autoria do atentado, disse: "escolhemos a escola do Exército para o ataque porque o governo está alvejando nassas famílias e nossas mulheres. Queremos que eles sintam a dor."
As Forças Armadas em países como o Egito e o Paquistão desempenham um papel fundamental na economia e nos costumas nacionais, e o Sistema de Escolas Públicas do Exército é uma rede com 146 unidades em todo o país para filhos de militares e para a sociedade civil, em geral cobrindo a faixa de 10 a 18 anos de idade. Penshavar, uma cidade com 3,4 milhões de habitantes, é a capital da Província Fronteira Noroeste, conhecida como a "Cidade da Fronteira" com o Afeganistão. Ali estão as Áreas Tribais Federalmente Administradas, na Passagem do Khyber, território da etnia pastum, a raiz taleban. Dado o forte aumento da influência do grupo terrorista islâmico no país, o governo paquistanês desatou uma ofensiva no Khyber cujo sucesso nos últimos meses significou a morte de centenas de militantes talebans.
O 1º Ministro Nawar Sharif, refletindo sua própria surpresa, declarou: "até que nós tenhamos limpado completamente o país do terrorismo, eta guerra vai continuar. Nossos esforços não enfraquecerão por causa deste ataque tão inusitado." Contudo, a origem étnica taleban fundamentada nas centenas de tribos fronteiriças que são também afegãs em sua essência, torna extremamente difícil o cumprimento dessas promessas. 
