Republicanos dominam o Congresso

novembro 05, 2014.

As tradicionais eleições a meio do mandato nos Estados Unidos foram, nesta 3a. feira 4 de novembro, desastrosas para os Democratas e particularmente para o presidente Barack Obama.

O triunfo do G.O.P., como são conhecidos desde 1880 os Republicanos (Grand Old Party ou Velho e Grande Partido), foi consagrador e agora têm 52 cadeiras no Senado (contra 44 dos Democratas e uma de Independente) e 243 na Casa dos Representantes, a Câmara dos Deputados norte-americana. Necessitavam 7 cadeiras no Senado e as obtiveram com as vitórias em North Carolina, West Virginia, Arkansas, Montana, Colorado, Iowa e South Dakota. Quanto aos governadores, agora são 31 republicanos e 16 democratas.

Para Obama, governar em seus derradeiros dois anos na Casa Branca será um tormento permanente. Terá problemas nas frentes interna e externa. Na primeira, o senador reeleito por Kentucky, Mitch McConnell que passa de líder da minoria para líder da maioria,  já declarou saber que "é impossível repelir por completo a reforma do setor saúde conhecida como Obamacare, enquanto Obama for presidente, mas espera desmantelar algumas peças da lei". Outros pontos críticos em discussão dizem respeito à reforma na lei de imigração e reformas tributária e de benefícios aos desempregados, que terão chances baixíssimas de aprovação. No front internacional o G.O.P. espera uma mudança nas estratégias e táticas até aqui adotadas no combate aos terroristas do Estado Islâmico e gostariam de enviar tropas para combate no solo tanto no Iraque quanto na Síria, além de bloquear as tentativas em curso de um acordo nuclear com o Iran dos Aiatolás. Provavelmente Netanyahu já não terá tantos embaraços para prosseguir na sua política de construir mais assentamentos em terras palestinas. Contudo, todos esses são temas altamente sensíveis num mundo onde a situação na Ucrânia e no Oriente Médio volta a se agravar.

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